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Fusão de agrupamentos também suscita dúvidas na câmara de Vila Franca

CONCELHO. A forma como foi feita a fusão de dois agrupamentos escolares com as secundárias Alves Redol e do Forte da Casa continua a gerar alguma polémica.

Jorge Talixa

A fusão de agrupamentos escolares em Vila Franca de Xira e no Forte da Casa está a gerar controvérsia e algumas dúvidas manifestadas também na última sessão camarária. Eleitos da CDU e um dos responsáveis da Federação de Associações de Pais do Concelho de Vila Franca de Xira manifestaram muitas reservas e estranheza por uma medida tomada nesta altura do ano e que não abrange situações aparentemente semelhantes existentes em Alverca, Castanheira, Póvoa e Vialonga.

A questão foi colocada pela vereadora Ana Lídia Cardoso, que quis saber qual é posição do executivo sobre esta matéria. Maria da Luz Rosinha explicou que a câmara foi convocada para duas reuniões, uma com o secretário de Estado da Educação e outra com a DRELVT.

“Os agrupamentos têm a ver com a nova filosofia do ensino secundário ser o chapéu desta organização. A câmara não foi chamada a pronunciar-se do ponto de vista formal. Esta reorganização decorre também da escolaridade obrigatória até ao 12º. Ano”, observou a edil, lamentando que este processo não tenha avançado mais cedo.

CDU acha que é um “processo economicista”

“É impensável que um director mais habituado ao secundário possa ter um acompanhamento tão próximo com tão diferentes níveis de escolaridade. No nosso entender, este é um processo economicista que pode colocar em causa a boa qualidade de qualquer projecto de ensino”, sublinhou a autarca da CDU.

Fernando Paulo Ferreira, vereador da câmara de Vila Franca, afiançou que as escolas secundárias não vão trazer nenhum peso, nem nenhumas competências acrescidas para a câmara. “A situação da Pedro Jacques de Magalhães e da Gago Coutinho não se colocou, não me parece que pela dimensão do agrupamento e pela natureza da cidade e da sua rede escolar seja uma situação a colocar”.

Federação de pais preocupada

Já na fase de intervenção dos munícipes, António Castela, dirigente da FAPXira, lembrou que a reunião do Conselho Municipal de Educação (CME) foi adiada. Sobre a fusão dos agrupamentos, mostrou-se preocupado com as dificuldades que podem ser colocadas aos pais para terem acesso às escolas e com a indefinição quanto aos seus projectos educativos.

“Toda a mudança causa perturbação. As associações de pais têm um papel cada vez mais importante, são ouvidas nos conselhos gerais”, salientou Maria da Luz Rosinha, prometendo convocar para breve uma reunião do CME. Fernando Paulo Ferreira reafirmou que as questões da Castanheira, Póvoa e Vialonga não foram sequer colocadas pela DRELVT.                                       

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