Fundação CEBI honrada com o Prémio Gulbenkian Educação
Mário Caritas
SOCIEDADE. A Fundação CEBI foi considerada como “um exemplo a seguir”. Os 25.000 euros do prémio serão destinados a acções de solidariedade social
“Receber este prémio é uma honra que nos prestigia e estimula a continuar o trabalho que iniciámos há 40 anos”, sublinhou José António Carmo, presidente do conselho de administração da Fundação CEBI, durante a cerimónia de entrega dos Prémios Gulbenkian’2009, realizada na passada segunda-feira, no auditório ao ar livre daquela instituição lisboeta. A CEBI foi agraciada, a par da Obra da Rua, com o prestigiado Prémio Gulbenkian Educação e, mais importante que os 25.00 euros que entraram para os cofres da instituição alverquense, este acaba por ser o corolário de 40 anos de actividade ininterrupta em prol da comunidade. “Senti esta distinção com muita emoção. É um prémio muito significativo pelo facto de ser dado por quem é e porque também vem na sequência do nosso 40.º aniversário.”
Maria Helena da Rocha Pereira presidiu ao júri deste prémio e elogiou, perante uma farta plateia composta por diversos ilustres da vida pública nacional, entre eles o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, a eficácia do projecto educativo da CEBI. “Os bons resultados obtidos nas provas de aferição nacionais e o não abandono escolar têm comprovado, ao longo dos anos, a eficácia do ensino ali ministrado.”
Feliz com tais palavras ficou o director do Colégio José Álvaro Vidal da Fundação CEBI, António Castanho. “As grandes mais-valias deste projecto são a inclusão social, a diversidade de propostas complementares à formação curricular e o facto de não excluirmos ninguém por questões económicas – tudo isto dá origem a um caldo educativo que é muito interessante ver reconhecido.”
Por todas estas razões, este prémio acaba por ser um reconhecimento final e um estímulo para o futuro. “É uma honra porque estamos num meio em que foram galardoadas entidades e personalidades de muito alto gabarito a nível nacional. Hoje tínhamos aqui muitos dos nossos professores, educadores e colaboradores; isto também os ajuda a andar para a frente e a terem ainda mais entusiasmo pelo seu trabalho. Os 25.000 euros que recebemos vão ser aplicados em acções de solidariedade social, nomeadamente nos apoios que damos às crianças e às famílias”, sustenta António Carmo.
Referir que a coreógrafa e bailarina Vera Mantero recebeu o Prémio Gulbenkian Arte; o Chapitô foi agraciado com o Prémio Gulbenkian Beneficência pelo trabalho artístico que desenvolve junto dos jovens de bairros desfavorecidos; Maria João Saraiva recebeu o Prémio Gulbenkian Ciência devido ao seu trabalho de investigação acerca da chamada “Doença dos Pezinhos”; por fim o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados e o Peace Resarch Institute in the Midle East receberam o Prémio Internacional Calouste Gulbenkian. O presidente do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian, Emílio Rui Vilar, após prestar homenagem à memória do fundador desta casa, sublinhou que a intenção dos prémios é ajudar a dar corpo a projectos e ideias “que tragam valor acrescentado e que possam ser apontados como exemplos a seguir”.
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